terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Amar!

Amar!

Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui... além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente...
Amar! Amar! E não amar ninguém!

Recordar? Esquecer? Indiferente!...
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!

Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!

E se um dia hei-se ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...

Florbela Espanca

2 comentários:

Anónimo disse...

Uma delícia.

O eterno ícone de Forbela.

É sempre bom recordar, mesmo não estando totalmente de acordo :)

Luz disse...

Bom, passear por este blogue é sempre muito bom e muito útil. Como é que adivinharam que eu precisava de um poema de amor?
Obrigado pela partilha.
Luz -Pequenos passos