A Borracha e o Lápis (história de amor material)
Numa segunda à noite, Francisca, uma menina bela, simpática, morena como o chocolate e com olhos azuis de mar, preparava a sua pasta para o dia seguinte. Colocou os livros e verificou se tinha tudo no porta-lápis. Reparou que não tinha borracha. Deitou-se.
Na terça de manhã, após preparada, pediu à sua mãe para ir comprar a borracha. Foi a uma papelaria e comprou a mais bonita.
Contente seguiu viagem para a escola.
Tocou e Frascisca entrou para a aula de Língua Portuguesa. Estando a escrever um texto precisou da borracha. O seu lápis, ao ver tal beleza, ficou apaixonado, mas sentia que não se podia apaixonar por uma borracha, pois achava que elas eram arrogantes, pois apagavam o que os lápis escreviam. Mas o sentimento era maior.
A borracha nada ligou.
Cada momento em que estavam juntos, o lápis ficava envergonhado. Tomou uma atitude. Sempre que Frascisca quisesse escrever, só escreveria a palavra "amor", isto para mostrar à sua amada que gostava dela. Francisca não entendia como tal coisa acontecia, por isso decidiu trocar de lápis. Ele, ao saber disso, voltou ao normal. Assim a menina já não precisou de o trocar.
A borracha, ao ver tal gesto, encantou-se de tal forma que não se separou nunca mais dele. Ou seja, sempre que a menina escrevia com o lápis, a borracha ia atrás e apagava tudo.
O romance foi crescendo. Passeavam às escondidas...
Passado mais ou menos um ano, de tanto a menina o afiar, o lápis foi ficando cada vez mais pequeno até morrer. Foi tão complicado para a borracha que até chegou a culpar-se de não o ter aceite antes.
Todos os materiais foram solidários e com a ajuda deles ela voltou a apagar os erros de um lápis novo e rabujento.
Ana Pereira, 7.º A
1 comentário:
esta é uma história um bocadinho triste, mas que toca a realidade.
Parabéns à autora.
Luz
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