(...) Tive a oportunidade de apreciar um espectáculo natural (e natural significa sem a intervenção da mão do homem) maravilhoso, que me deixou de boca aberta, tal era a perfeição com que todos os movimentos eram executados. Na tarde do primeiro dia de Janeiro estive algum tempo em frente ao mar. Estava revolto mas lindo como sempre. Sobre o extenso areal, gaivotas, muitas gaivotas "brincavam" e o termo apropriado é mesmo este, brincavam no ar em pleno voo.
Reparei então que as gaivotas desciam rapidamente à areia, prendiam no bico pequenas conchas, levantavam voo e a uma altura, sensivelmente de 6 ou 7 metros, largavam a concha presa no bico. Esta, pela força da gravidade, descia na vertical. A gaivota impulsionando o corpo, descia a pique e tentava apanhar a concha largada segundos antes, em pleno voo.Quando não conseguia, descia novamente, apanhava a concha, elevava-se no ar e voltava a largá-la, para voltar a apanhá-la ainda no ar.
Foi um espectáculo! Estive a admirar estes jogos de gaivotas, perto de uma hora e deu-me que pensar.
Quem ensinou estes seres a brincar?
Por que o faziam?
Como o Homem arranja sempre explicação para tudo, imaginámos que seria para treino, ou até para ensinar as crias a recuperarem os peixes que depois de apanhados lhes possam cair do bico, em voo.
Profª Margarida Rita
1 comentário:
Nem só a natureza está repleta de mistérios.
Eu não diria que o Homem arranja sempre explicação para tudo, mas sim que tudo tem explicação.
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