Apesar de todas as campanhas, a sociedade portuguesa continua mal informada sobre a HIV/Sida. A conclusão é de um estudo da Universidade Católica divulgado, este domingo, dia mundial em que se assinala a luta contra a Sida.
A investigação da Universidade Católica refere que para além de não conhecerem os riscos da SIDA, são muitos os portugueses que recusam fazer a despistagem da doença.
Metade dos inquiridos tem vergonha de fazer os testes de diagnóstico à Sida. Em 80 por cento dos entrevistados, a doença é associada ao medo, muitos preferem não ir ao médico por temerem ser confrontados com eventuais resultados positivos.
A Sida é considerada a segunda doença mais problemática, a seguir ao cancro, mas a maioria dos portugueses desconhece quais os principais comportamentos de risco.
Muitos associam as relações sexuais sem preservativo ao risco de contrair a doença, mas apenas 14 por cento referem as relações com vários parceiros, como um comportamento a evitar.
A esmagadora maioria, 93 por cento, considera ainda que os doentes com Sida continuam a ser discriminados. Alguns entendem mesmo, que os seropositivos são o grupo mais discriminado em Portugal.
Já na luta contra a doença, os entrevistados destacam o empenho das áreas ligadas à saúde, investigação e solidariedade social, em sentido contrário a atitude do Estado, dos líderes de opinião, da Igreja e dos empregadores é vista com desconfiança.
O estudo com 603 entrevistados do instituto da Ciências da Saúde, da Universidade Católica, mostra ainda que um em cada três portugueses conhece um doente seropositivo.
Nos últimos 25 anos e de acordo com casos notificados, o virús HIV/Sida já infectou mais de 33 mil portugueses.
(Texto retirado daqui)
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