Presépio
Componho o Presépio, um mundo em obras:
a tela de estrelas, um lago de prata,
o prado é de musgo. Ao centro dois pobres.
Estão longe de casa. Nasceu-lhes um filho
entre as palhas da lapa. Não sabem ainda,
talvez o não saibam, mas a mãe lhe dará,
descido da cruz, o último colo
de Deus feito Homem, herege de Si.
Só o velam aqui dispersos pastores
e reis descuidados de reino e redil.
Vieram e viram. Nem pórtico gótico,
nem talha de ouro, nem sinal de força
de orgulho ou de glória.
E não se espantaram com a casa de Deus.
E nela deixaram o leite e a mirra.
E não duvidaram de Deus ser assim.
Que o Natal seja frágil. E o ano feliz.
Luísa Malato
2 comentários:
Já construí... E que lindo ficou :):)
QUE BONITO!!!
BELA IDEIA!
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