domingo, 26 de abril de 2009

Dá-me a tua mão...

DÁ-ME A TUA MÃO

Em tuas entranhas me revolvi
prenhe de futuro ansiado
até ao dia da luz de aurora
em que de ti me despedi
para contigo continuar.
Do teu peito bebi o leite
de teus choros derramados
em mil noites vigilante.
Dos teus lábios sussurrando
ouvi a música dos anjos
ao compasso das horas madrigais.
Dos teus olhos eu guardei
as pérolas de esperança
que trago no alforge das lembranças.
De mil andanças
tantas e tão poucas
sensatas e tão loucas.
Até ao dia do regresso
na frente e no verso
desta viagem em que te peço:
Fica comigo, estrela da manhã
ilumina a minha tela
que eu te pinto e me despeço
até ao dia em que só os dois
seremos a constelação.
Dá-me Mãe, dá-me a tua mão!

Prof. António

6 comentários:

Isabel Preto disse...

Esta iniciativa de convidar a escrever sobre a Mãe, está a dar "bons frutos" e foi uma linda maneira de elogiar a Mulher entre as Mulheres...a Mãe.
Felizes de todos os que têm mãe, a quem dar a mão.

Anónimo disse...

Afinal os professores são uns poetas natos!
Parabéns por este belíssimo poema!

Prof. Tertuliano disse...

Os professores poderão ser uns poetas natos mas, neste blog, também está a nata dos professores :)

CICL disse...

Fantástico estes trabalhos... Parabéns

Margarida Rita disse...

Parabéns, Prof. António

Sabendo agora que o prof. não é desta "arte", redobro os parabéns, pela sensibilidade que deixa transparecer nos seus poemas.

Margarida Rita

Prof. António disse...

Obrigado Profª Margarida Rita.

É verdade que não sou da "arte".
Por isso venho aqui, de vez em quando, tentar aprender alguma coisa ... :)