Em tuas entranhas me revolvi
prenhe de futuro ansiado
até ao dia da luz de aurora
em que de ti me despedi
para contigo continuar.
Do teu peito bebi o leite
de teus choros derramados
em mil noites vigilante.
Dos teus lábios sussurrando
ouvi a música dos anjos
ao compasso das horas madrigais.
Dos teus olhos eu guardei
as pérolas de esperança
que trago no alforge das lembranças.
De mil andanças
tantas e tão poucas
sensatas e tão loucas.
Até ao dia do regresso
na frente e no verso
desta viagem em que te peço:
Fica comigo, estrela da manhã
ilumina a minha tela
que eu te pinto e me despeço
até ao dia em que só os dois
seremos a constelação.
Dá-me Mãe, dá-me a tua mão!
6 comentários:
Esta iniciativa de convidar a escrever sobre a Mãe, está a dar "bons frutos" e foi uma linda maneira de elogiar a Mulher entre as Mulheres...a Mãe.
Felizes de todos os que têm mãe, a quem dar a mão.
Afinal os professores são uns poetas natos!
Parabéns por este belíssimo poema!
Os professores poderão ser uns poetas natos mas, neste blog, também está a nata dos professores :)
Fantástico estes trabalhos... Parabéns
Parabéns, Prof. António
Sabendo agora que o prof. não é desta "arte", redobro os parabéns, pela sensibilidade que deixa transparecer nos seus poemas.
Margarida Rita
Obrigado Profª Margarida Rita.
É verdade que não sou da "arte".
Por isso venho aqui, de vez em quando, tentar aprender alguma coisa ... :)
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