segunda-feira, 31 de março de 2008

Primavera na nossa escola...

A Primavera...

A Primavera é uma árvore com flores a nascer

A Primavera é o tempo a crescer...

Instante...

Instante

A cena é muda e breve:

Num lameiro,

Um cordeiro

A pastar ao de leve;

Embevecida, a mãe ovelha deixa de remoer;

E a vida

Pára também, a ver.


Miguel Torga

sábado, 29 de março de 2008

Hoje mudou a hora...

MUDAM-SE AS HORAS, FICA-SE O TEMPO...

Não vás embora
a esta hora
porque a minha alma chora
quero-te agora
sem demora
até ao romper da aurora
porque é hora
de não perdermos os segundos
que nos tornaram os primeiros
a acertar o tempo
de outrora
e a consumir os dias
como anos
e os anos como
séculos
Está na hora.

E porque hoje o Sol brilha...

Convite a Marília

Já se afastou de nós o Inverno agreste
Envolto nos seus húmidos vapores,
A fértil Primavera, a mãe das flores
O prado ameno de boninas veste.

Varrendo os ares o subtil Nordeste,
Os torna azuis: as aves de mil cores
Adejam entre Zéfiros e Amores,
E toma o fresco Tejo a cor celeste.

Vem, ó Marília, vem lograr comigo
Destes alegres campos a beleza,
Destas copadas árvores o abrigo.

Deixa louvar da corte a vã grandeza:
Quando me agrada mais estar contigo
Notando as perfeições da Natureza!

Bocage

sexta-feira, 28 de março de 2008

Diz...


Diz homem, diz criança, diz estrela.
Repete as sílabas
onde a luz é feliz e se demora.

Volta a dizer: homem, mulher, criança.
Onde a beleza é mais nova.

Eugénio de Andrade

quinta-feira, 27 de março de 2008

27 de Março - Dia Mundial do Teatro

Teatro da Vida...

Não desempenharemos nós, em cada dia que passa, papéis das mais variadas personagens? Não usaremos, com frequência, os "disfarces" mais convenientes a cada situação?
Pois é... Também nós somos actores neste palco imenso que é a Vida. Retiremos as "máscaras" antes que elas se colem definitivamente aos nossos rostos...

(...)
Fiz de mim o que não soube
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
E vou escrever esta história para provar que sou sublime.

(...)

Álvaro de Campos (Fernando Pessoa)

quarta-feira, 26 de março de 2008

SWEET ANGELS - Capítulo IX

Capítulo IX - As Três Esferas de Fogo

Sora estava com os amigos no céu a discutir com a rainha. Tudo por terem voado num dia de temporal. Agora, a escola tinha caído, provavelmente as famílias estavam no hospital, algumas casas estavam destruídas, …e eles nada tinham feito para o impedir.
- Nós não temos culpa… - começou Sora.
- Se não tivessem culpa, não tinham voado… - implica a Rainha Arco-Íris.
- A ideia não foi minha - diz Haku.
- Nem minha - exclama Yuki
- Muito menos minha! - diz Kaori
- Porque é que estão a olhar para mim? A ideia foi do Yutaka…Ups - deixa escapar Emiko.
- Pretionno, não esperava isso de ti, pensava que levavas as coisas mais a sério, mas parece que me enganei - ralha a Rainha Arco-Íris.
- Eu não fiz por mal. Desculpe. O que é que eu posso fazer para melhorar as coisas? - questionou Yutaka, aflito.
- Nada. - respondeu-lhe a rainha.
- Tenho de poder fazer alguma coisa - diz Yutaka.
- Na verdade, há uma coisa que podes fazer - disse calmamente a rainha.
- O quê? - perguntou Yutaka.
- Ir à floresta de água procurar as três esferas de fogo - disse a rainha - mas é quase impossível conseguires isso. Vão.
A rainha, num flash, faz com que todos vão parar à floresta de água.
- Não acredito que o denunciaste mesmo gostando dele - disse Sora a Emiko.
- Saiu-me. E não precisas de estar aí a gritar isto aos sete ventos! - responde Emiko.
- Como é que foste capaz? E gostas de mim? Não há problema, porque eu gosto de outra miúda, mas, mesmo assim, não te devia perdoar. DENUNCIASTE-ME! – disseYutaka, zangado.
Emiko aproxima-se de Yutaka para tentar a sua sorte, mas este pede-lhe que se afaste.
- Ao menos, admiti! - diz Emiko!
- Chega, Chega! CHEGA! - Grita Sora.
- Não - diz Emiko.
Emiko atira-se para cima de Yutaka e os dois começam à porrada.
- Que mega infantis. Não sei como é que apreciam um bicho como o Yutaka - diz Yuki. - Ao menos o meu Haku é considerado.
- Sim… - diz Kaori, sem palavras para descrever a cena.
Sora tenta afastar Yutaka de Emiko.
- Também queres? Anda. - desafia-a Emiko.
- Mas que tipo de miúda és? - pergunta-lhe Sora.
- Do tipo normal ao contrário de ti - diz Emiko enraivecida.
Haku deitara-se no chão, porque, na opinião dele, não estava para aturar infantilidades, apesar de ele também ser infantil. A Rainha Arco - Íris observava tudo, chocadíssima.
- E se, em vez de estarem à pancada, procurassem as esferas de fogo? - propõe Sora.
- Não temos tempo…Depois - responde Emiko.
- Vocês são Sweet Angels! Parem imediatamente a luta! - diz Sora.
Emiko e Yutaka param de lutar e uma esfera que arde aparece nas mãos de Sora.
- Tens a primeira esfera de fogo! - exclama Kaori.
- Deixa-me vê-la mais de perto - pede Yuki.
- Posso mexer-lhe? -pergunta Haku.
- Não. Ainda te queimas - respondeu Sora.
- Desculpa, Sora - pede Emiko.
- Não é por mal. Desculpa… - pede Yutaka.
- Não faz mal. Acontece a Todos. - responde Sora.
Agora, os seis amigos estavam numa praia. Na areia. À sua frente, estendia-se um mar enorme. No fundo, via-se um búzio Gigante. Era a Floresta de Água.
- Devemos ter de atravessar o mar… - comenta Sora.
- Mas como? - pergunta Haku.
- A nadar, pois claro. Bloquearam-nos o voo. - responde Sora.
- Toca a andar, ou melhor a nadar… - diz Kaori.
- Sim - diz Yuki - Emiko, vais à frente, já que nadas muito bem.
- Vou e com todo o prazer - respondeu Emiko com um grande sorriso.
Todos começaram a atravessar o mar a nado. As penas dos fatos soltavam-se na água.
- Depressa! - grita Kaori - O meu halo soltou-se. Temos de o apanhar.
Sora começa a nadar contra a corrente. Depois de muito esforço, recupera o halo de Kaori. Entrega-lhe o halo e, pouco depois, aparece-lhe mais uma esfera de fogo nas suas mãos.
- A segunda! - exclamam Yuki e Emiko ao mesmo tempo.
- Vamos continuar… - diz Yutaka.
- Eu estou cansado. Já não tenho pé e tenho de estar aqui a espernear para não ir ao fundo! - exclama Haku.
- Não há tempo a perder - diz Kaori.
Nadam durante muito tempo e chegam ao enorme búzio. Nadam e alcançam-lhe a beira. Trepam para o búzio.
- Devemos ter de chegar ao topo - diz Haku.
- São ARANHAS!!! NÃO!!! SÃO TARÂNTULAS!!! - grita Kaori.
- Pega nessa lança! - diz Emiko a Yutaka.
- Sim - exclama Yutaka, enquanto pega na lança e tenta matar as tarântulas gigantes.
Sobem muito e as tarântulas tentam comer os aprendizes de anjos. Yutaka roda a lança no ar e consegue atirá-la para as tarântulas, que morrem.
- Muito bem! - exclama Yuki - Salvaste-nos! E chegamos ao topo!
Outra esfera de fogo aparece nas mãos de Sora.
Um flash manda todos de volta para o céu.
- Passaram. Estão perdoados e, sem darem conta, fizeram um exame e passaram. - diz-lhes a Rainha Arco-Íris quando chegam ao céu.
- YUPIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII! - exclamam todos.

(Nota: Se não tiveram oportunidade de ler os 8 capítulos anteriores, poderão agora fazê-lo de forma bastante simples. Os links encontram-se na barra lateral esquerda deste blog. É só clicar e... o sonho começa!)

segunda-feira, 24 de março de 2008

Viagem Atribulada...

Viagem Atribulada

Tic…toc…tic...toc
Chovia a cântaros na capital. Luís corria. Ainda faltavam dois quilómetros e já estava encharcado. Por cada esquina que passava, via um aglomerado de pessoas abrigadas à espera que a tempestade se acalmasse.
Chegado à Gare do Oriente, esperou por informações sobre o seu comboio. Então ouviu uma voz feminina, mencionando que o comboio com destino a Madrid ia dar entrada na linha número 5. Sentiu um aperto, quando reparou que lhe faltava o bilhete. Luís tentou abstrair-se de tudo, mas não conseguia, dado o enorme ruído. O comboio já tinha chegado e ele, ali, sem o bilhete. Pensou em comprar outro, mas as portas do comboio já estavam a fechar. Desatou a correr e entrou mesmo por um triz. Tentou lembrar-se do número do seu lugar, mas estava tão nervoso que só se lembrava que ia ser apanhado. Então, escolheu o lugar mais sombrio que havia, com a esperança de que ninguém reparasse nele.
Sentiu uma presença e acordou. Desta vez, já não viajava sozinho, havia alguém sentado a seu lado. Reparou que passavam por Elvas e o tempo dava sinais de estar cada vez pior. Os trovões eram cada vez mais frequentes. Atreveu-se a olhar para o seu vizinho. Era um senhor de idade, mas ainda muito capaz. Estava entretido com o que parecia ser um Sudoku. Reparou que a sua mala estava identificada com o nome João Azevedo. Quando decidiu meter conversa, o senhor levantou-se e dirigiu-se para o lado esquerdo. Atravessou a porta, que conduzia à carruagem seguinte, e desapareceu. Luís começou a divagar na sua mente, pensando no que iria visitar, quando chegasse a Madrid e qual seria o seu próximo destino. Pensou na sorte que tinha tido ao ter ganho o concurso da CP. Como estava tudo a ser tão monótono, deixou-se cair num sono profundo.
Foi acordado por alguém que lhe disse que a viagem já tinha terminado e que já toda a gente tinha saído do comboio. Luís agradeceu a atenção e começou a arrumar as suas coisas. Saiu e percorreu toda a estação com os seus olhos. Ouviu um ruído, vindo da sua barriga, e decidiu ir comer alguma coisa. Escolheu uma pastelaria que parecia sossegada e, ao mesmo tempo, acolhedora. Pediu um café e uma nata. Meteu a mão no bolso e quase gritou, quando reparou que não estava lá a sua carteira. Procurou em todo o lado e nada. Preparou-se para ir ao balcão contar o que tinha sucedido, quando lhe disseram que a sua conta tinha sido paga. Luís ficou parvo com esta resposta. Perguntou quem tinha pago, mas já a empregada estava ocupada com outro cliente.
Não sabia o que fazer. Como iria ele sair daquela cidade onde todos lhe eram desconhecidos? Lembrou-se de ligar a algum familiar, mas o telemóvel estava sem bateria. Estava tão perturbado que nem deu conta do que estava a fazer, chocando com uma mulher. Pediu desculpa e ajudou-a a apanhar as coisas. A mulher, com a pressa, esqueceu-se de um pequeno envelope branco. Luís ainda a tentou chamar, mas esta já ia bem longe. Resolveu abrir o envelope, pois podia ser importante. Para sua grande admiração, o que se encontrava dentro do envelope era um bilhete exactamente para Lisboa. Uma vez que Luís estava mesmo desesperado e queria ir embora, nem se deu ao trabalho de seguir a mulher. Pensou: “Já que tenho esta oportunidade, vou é aproveitá-la”. E de lá veio todo contente. Chegado ao comboio, procurou pelo seu lugar. Era o número 20 e ficava na terceira carruagem. No seu lugar estava o que parecia ser uma espécie de embrulho e então pensou que já se tivesse sentado lá alguém. Só que ao longo da viagem, ninguém apareceu. Luís, não aguentando mais, desembrulhou o pacote. Era a sua carteira…

Mário Fontes – 9º Ano

domingo, 23 de março de 2008

Joyeuses Pâques!

Pâques

Pâques est une fête mobile qui se fête entre le 22 mars et le 25 avril. C'est une fête religieuse qui commémore le passage de la Mer Rouge pour la religion juive et la résurrection de Jésus pour la religion chrétienne
C'est aussi une fête païenne qui annonce l'éveil du printemps.

sábado, 22 de março de 2008

Ainda as Árvores... Ainda a Poesia...

A um Negrilho

Na terra onde nasci há um só poeta.
Os meus versos são folhas dos seus ramos.
Quando chego de longe e conversamos,
É ele que me revela o mundo visitado.
Desce a noite do céu, ergue-se a madrugada,
E a luz do sol aceso ou apagado
É nos seus olhos que se vê pousada.

Esse poeta és tu, mestre da inquietação
Serena!
Tu, imortal avena
Que harmonizas o vento e adormeces o imenso
Redil de estrelas ao luar maninho.
Tu, gigante a sonhar, bosque suspenso
Onde os pássaros e o tempo fazem ninho!

Miguel Torga

sexta-feira, 21 de março de 2008

E porque é Dia da Árvore e Dia da Poesia...

Árvores do Alentejo

Horas mortas... curvadas aos pés do Monte
A planície é um brasido... e, torturadas,
As árvores sangrentas, revoltadas,
Gritam a Deus a bênção duma fonte!

E quando, manhã alta, o sol postonte
A oiro a giesta, a arder, pelas estradas,
Esfíngicas, recortam desgrenhadas
Os trágicos perfis no horizonte!

Árvores! Corações, almas que choram,
Almas iguais à minha, almas que imploram
Em vão remédio para tanta mágoa!

Árvores! Não choreis! Olhai e vede:
- Também ando a gritar, morta de sede,
Pedindo a Deus a minha gota de água! !

Florbela Espanca

Ser Poeta

Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!

É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!

É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e cetim…
É condensar o mundo num só grito!

E é amar-te, assim, perdidamente…
É seres alma e sangue e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!

Florbela Espanca

Ser Poeta - Trovante
(Ligar o som e clicar na seta à esquerda)

quinta-feira, 20 de março de 2008

Páscoa no Minho

Visita Pascal numa das aldeias de Portugal

Casa da Ponte de S. Pedro - Vieira do Minho

Páscoa

É tempo de Páscoa no Minho florido.
Já se ouvem os trinos dos sinos festeiros
Na igreja vestida de branco vestido,
Entre o verde manso dos altos pinheiros.

Caminhos de aldeia, que o funcho recobre,
Esperam, cheirosos, que passe o compasso
À casa do rico, cabana do pobre...
Já voam foguetes e pombas no espaço.

Lá vêm dois meninos, com opas vermelhas,
Tocando a sineta. Logo atrás, o abade
Já trôpego e lento. (As pernas são velhas?
Mas no seu sorriso tudo é mocidade.)

Com que unção o moço sacristão, nos braços,
Traz a cruz de prata que Jesus cativa,
Para ser beijada! Enfeitam-na laços
De fitas de seda e uma rosa viva.

Um outro, ajoujado ao peso das prendas
(Não há quem não tenha seu pouco pra dar...)
Traz, num largo cesto de nevadas rendas,
Os ovos, o açúcar e os pães do folar.

Mais um outro, ainda, de hissope e caldeira
Cheia de água benta, abre um guarda-sol.
Seguem-nos, e alegram céus e terra inteira,
Estrondos de bombos e gaitas de fol.

Haverá visita mais honrosa e bela?
Famílias ajoelham. A cruz é beijada.
(Pratos de arroz-doce, com flores de canela,
Aguardam gulosos na mesa enfeitada.)

Santa Aleluia! Oh, festa maior!
Haverá mais bela e honrosa visita?
É tempo de Páscoa. O Minho está em flor.
Em cada alma pura Jesus ressuscita!

António Manuel Couto Viana

quarta-feira, 19 de março de 2008

No Dia do Pai... SAUDADE...



Uma pequena homenagem minha, escrita quando o meu pai "partiu".

(Ligar o som e clicar na seta)

Profª Mª João Marques

terça-feira, 18 de março de 2008

Páscoa com Jogos


Clica AQUI e diverte-te! Quando o jogo abrir, faz duplo click em "Joga"

segunda-feira, 17 de março de 2008

Dia do Pai...

Celebra-se depois de amanhã, dia 19 de Março, o Dia do Pai.
Se quiserem, enviem frases, poesias, missivas, dedicadas aos pais. O Clube de Línguas Vivas promete publicá-las.

domingo, 16 de março de 2008

Amusez-vous!

(Clicar sobre a imagem para aumentar)

sábado, 15 de março de 2008

Tu virás... no ritmo da Primavera...

Olhos postos na terra, tu virás
no ritmo da própria Primavera,
e como as flores e os animais
abrirás nas mãos de quem te espera.

Eugénio de Andrade

Desenha a "tua" PRIMAVERA!

(A "minha" ficou assim...)

Muito interessante! Experimenta!
Quando abrires a página, vai estar toda negra.
Clica e arrasta o rato em qualquer ponto da página.
Surpresa! Nascerá a Primavera!
Clica em http://www.procreo.jp/labo/flower_garden.swf e diverte-te!

sexta-feira, 14 de março de 2008

PRIMAVERA...

A neve derreteu
Nos píncaros da serra;
O gado berra
Dentro dos currais,
A lembrar aos zagais
O fim do cativeiro;
Anda no ar um perfumado cheiro
A terra revolvida;
O vento emudeceu;
O sol desceu;
A primavera vai chegar, florida.

Miguel Torga

quinta-feira, 13 de março de 2008

PRIMAVERA...

GLÓRIA

Depois do Inverno, morte figurada,

A Primavera,

uma assunção de flores.

A vida Renascida

E celebrada

Num festival de pétalas e cores.

Miguel Torga

PRIMAVERA...

EQUINÓCIO

Primavera,
quem me dera
não estar
à tua espera,
que o Verão
já vem aí
e eu só
penso em ti.

O Outono
tu sentiste
folha a folha
caiu triste,
o Inverno
já passou
e os meus
olhos secou.

De estação
em estação
carregando
este ócio,
viajamos
de equinócio
que um dia
será noss(i)o...

Anónimo

quarta-feira, 12 de março de 2008

Primavera...

PRIMAVERA

Pinto na tela um céu azul claro,
Raios de sol que rompem, brilhantes,
Irisados de tons de encanto raro,
Mantos de relvado verdejantes...
Andorinhas atravessam as cores,
Voam pelo espaço etéreo sem fim...
Entre as ervas nascem mil flores:
Rosas, cravos, amores e jasmim...
A Primavera é assim, pintada por mim!

Pintora de Palavras

terça-feira, 11 de março de 2008

Um novo desafio... "PRIMAVERA"

(Clicar sobre a imagem para aumentar)

segunda-feira, 10 de março de 2008

SWEET ANGELS - Capítulo VIII


Capítulo VIII - Que Grande Temporal!

Sora está com as amigas (Yuki e Emiko) na casa de Kaori a fazer Karaoke. A música é da Avril Lavigne.
- When you’re Gone…
Ouve-se a campainha da casa de Kaori pouco tempo depois. Ela vai abrir a porta.
- Olá. - diz Yutaka.
- Olá, o que fazes aqui? - pergunta-lhe Kaori.
- Tens de vir depressa para a escola com a tua família… - começa a contar Yutaka.
- A propósito de quê? - interrompe Kaori.
- Deixa-me falar, vem aí um grande furacão. As outras estão contigo? - pergunta Yutaka.
- Sim - responde Kaori.
- Diz para elas irem para a escola e levarem as famílias.
- Sim - responde Kaori - Xau.
E bate com a porta.
Pouco depois, estão todos na escola com as famílias, numa cave indicada pelos professores.
- Eu não quero morrer hoje! - exclama Kaori aflita.
- Calma! - diz-lhe Kanata - Eu estarei aqui para te proteger!
- Obrigada - responde Kaori.
Sora está sentada em cima do seu saco cama, que está entre o de Kaori e o de Yuki. Pensa para ela: “Porquê? Por que é que este furacão tinha de vir? Mas, se tem de ser assim, vou divertir-me!”
- Ei! Vamos contar histórias de terror! - diz Haku, que acaba de chegar no meio da confusão.
- Boa Ideia…mas eu vou adormecer com um “pesado” como tu a contar histórias - diz Yuki.
- Estás a chamar-me gordo? - resmunga Haku.
- Não é isso! Às vezes consegues exagerar mesmo! Digo, nas “palermices” - responde-lhe Yuki.
- Chega! Não é caso para tanto. Começa lá então a contar a tua história - diz Emiko com um sorriso.
- Espera! Faltam as pipocas! - diz Sora a rir-se.
- Bem vou começar - diz Haku.
A maneira como os seis amigos estão sentados desperta muito alarido nas outras pessoas. Estão todos de mãos dadas, uma cena muito terna.
- Era uma vez um cientista maluco que deu uma poção ao urso “Winnie the Pooh”… - começa Haku.
- És mega infantil! Ainda gostas do “Winnie the Pooh”? - pergunta Yutaka.
- Sim, vou continuar. - responde Haku.
- Se é para isso, conta antes uma história do “Doraemon” - diz Sora.
- Deixem continu…
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!
Ouve-se um enorme estrondo. Sora abraça quem está perto e não percebe que é Yutaka. Kaori grita enquanto Kanata procura-a para irem para um abrigo melhor, Yuki mete-se debaixo de uma mesa e Emiko vai com Yuki enquanto grita. POC! O telhado da casa parte-se e começa a cair água. Pelo buraco, que é grande, vê-se o furacão a aproximar-se.
- Sora, aqui já não estamos seguros! Temos de sair imediatamente daqui!!! - diz Yutaka a Sora.
- Sim depressa! - exclama Sora.
- YUKI, EMIKO, KAORI, HAKU!!!! DEPRESSA - chama Yutaka.
Todos saem a correr com esperanças de poder ir para o céu. Transformam-se e tentam voar contra o vento e a chuva. A Rainha Arco-Íris vê que os seus anjos estão em problemas e faz com que eles cheguem ao céu sãos e salvos.
- O que é que vos deu para voar num dia como este? - pergunta-lhes a rainha.
- Lá em baixo, corríamos perigo - apressa-se a explicar Sora.
- Pois, Pois… - disse a rainha.
- Ainda bem que estamos salvos - diz Emiko.
- Por agora, sim… - termina a rainha.

sábado, 8 de março de 2008

Dia Internacional da Mulher... Outro Poema...

MULHER

Mulher é vasto conceito
Mas direi, num improviso
É nada, quando dá jeito
Faz tudo quando é preciso.

É Filha da sua Mãe
É Neta da sua Avó
Às vezes sente-se bem
Às vezes sente-se só.

É Irmã do seu Irmão
Sobrinha da sua Tia
E varre à noite do chão
O lixo de cada dia.

É Aluna do seu Mestre
É Colega e Companheira
Ora trabalha ao semestre
Ora vai vender p´rà feira.

Amiga da sua Amiga
Amante do seu Amor
De dia apanha espiga
À noite abre-se em flor.

Enfermeira no hospital
Ou 2ª Mãe na creche
Ora a Morte vê, fatal,
Ora o bebé que remexe.

Artista, Diva ou Escritora
Desconhecida ou genial
Engenheira, Professora,
Pode dar Bem e haver Mal.

Também como não é santa
Muitas asneiras comete
Mas se tiver força tanta
Corrige-se e não repete.

Pode ser que seu Amor
Seja o seu Homem também
Se por acaso não fôr
Pode escolher outro Alguém.

Pode ser que seja rica
Pode ser que seja pobre
Que vá buscar água à bica
Ou pinte no salão nobre.

E se um dia fôr Avó
Mãe pela 2ª vez
Pode desatar-se um nó
E fazer o que não fez.

Pode sempre viajar
Ou d´aldeia não sair
Mas se amar, rir e cantar
Mundos há-de descobrir.

E se às vezes se vir só
De todos abandonada
Ficará de meter dó
Se não fôr desenrascada.

Um dia velha e cansada
Vai-se embora desta guerra
Mas se amou e foi amada...
Será semente na terra.

Eng.ª Leonor Nascimento

8 de Março - Dia Internacional da MULHER

SIMPLESMENTE MULHER

Mulher
gineceu
onde um filho
nasceu
Mulher que me ama
e se enrola na
cama
Mulher que labuta
E que vai à
luta
Mulher
amante
e assim por
diante
Mulher
distante
mulher
constante
Mulher
companheira
que nos prende à vida
Inteira
Atenta
ciumenta
Ausente
Mas sempre
presente
Que consente
Que acaricia
de noite e de
dia
Que afaga
e não pede
Nada
Mulher
adiada
Mulher
Que dá tudo
Sobretudo
Mulher que não
mente
Mulher que se
sente

Mulher
marota
Mulher
garota
Mulher
seduzida
Mulher
conquistada
Mulher
mal dormida
Mulher
acordada
Mulher
ansiosa
Mulher
inquieta
Mulher
desejosa
Mulher
predilecta
Mulher
virtual
Mulher
bem carnal
Para o que
der e vier
simplesmente mulher

António

terça-feira, 4 de março de 2008

Ser Herói...

Como ser um herói nos nossos dias

Nos nossos dias, todos podemos ser heróis. Por uma causa, por um sorriso, por gesto de amor... Basta ter os olhos bem abertos. Olhar à nossa volta, ver a realidade tal como ela é, ajudar os mais necessitados, ajudar aqueles que vivem perante a solidão.
Ajudar um amigo, ajudar os nossos pais, ajudar aqueles que caem na tentação, a escolher o melhor caminho para a sua vida, para uma vida melhor. É desta maneira que estamos a ser os grandes heróis da humanidade.

Ana Isabel do 6ºC

domingo, 2 de março de 2008

Feira do Livro

"Não riquezas... mas recursos para continuar a caminhada."

Terá início amanhã, e prolongar-se-á até ao dia 7 de Março, a habitual Feira do Livro da nossa escola.
Para além dos livros, estará patente ao público uma exposição de trabalhos da autoria dos nossos alunos, nomeadamente os poemas concorrentes ao desafio "Amor é...".
Na noite do dia 7, terá lugar o também já habitual Sarau Cultural, com muita música, canções, declamações e entrega de prémios. Ah! E este ano, teremos ainda uma surpresa... :-)
Acreditem que vale a pena, ao longo desta semana, entrarem na Biblioteca.
O Clube de Línguas Vivas publicará, oportunamente, os registos fotográficos do evento.