Mulher é vasto conceito
Mas direi, num improviso
É nada, quando dá jeito
Faz tudo quando é preciso.
É Filha da sua Mãe
É Neta da sua Avó
Às vezes sente-se bem
Às vezes sente-se só.
É Irmã do seu Irmão
Sobrinha da sua Tia
E varre à noite do chão
O lixo de cada dia.
É Aluna do seu Mestre
É Colega e Companheira
Ora trabalha ao semestre
Ora vai vender p´rà feira.
Amiga da sua Amiga
Amante do seu Amor
De dia apanha espiga
À noite abre-se em flor.
Enfermeira no hospital
Ou 2ª Mãe na creche
Ora a Morte vê, fatal,
Ora o bebé que remexe.
Artista, Diva ou Escritora
Desconhecida ou genial
Engenheira, Professora,
Pode dar Bem e haver Mal.
Também como não é santa
Muitas asneiras comete
Mas se tiver força tanta
Corrige-se e não repete.
Pode ser que seu Amor
Seja o seu Homem também
Se por acaso não fôr
Pode escolher outro Alguém.
Pode ser que seja rica
Pode ser que seja pobre
Que vá buscar água à bica
Ou pinte no salão nobre.
E se um dia fôr Avó
Mãe pela 2ª vez
Pode desatar-se um nó
E fazer o que não fez.
Pode sempre viajar
Ou d´aldeia não sair
Mas se amar, rir e cantar
Mundos há-de descobrir.
E se às vezes se vir só
De todos abandonada
Ficará de meter dó
Se não fôr desenrascada.
Um dia velha e cansada
Vai-se embora desta guerra
Mas se amou e foi amada...
Será semente na terra.
Eng.ª Leonor Nascimento
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