De meus Avós,
Uma terna recordação.
Um recuar no tempo, meus anos de menina.
Um casarão,
Um sótão,
Uma escada em caracol,
Um piano,
Tectos pintados cheios de luz,
Cheios de sol,
E-TO-DO-TEM-PO-DO-MUN-DO para amar uma traquina.
De meus Avós,
Uma imagem com pormenor,
Que guardo na minha retina.
Uma vontade maior
De cantar bem alto,
Tão alto quanto um farol,
O que ainda sei de cor,
Por ouvir ao adormecer canções de embalar,
Em dó ou ré,ou mi fá sol.
(Se eu soubesse fazer música, cantaria aos meus Avós...)
(Apesar de já termos publicado este poema em 2008, quisemos relembrá-lo neste dia, tal é a beleza que encerra)
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