Foi na vida real como nos sonhos:
nunca pisei um chão com segurança.
Procuro na lembrança
um sólido caminho percorrido,
e vejo sempre um barco sacudido
pelas ondas raivosas do destino:
Um barco inconsciente de menino,
um barco temerário de rapaz,
e um barco de homem, que já não domino
entre os rochedos onde se desfaz.
Mas o céu era belo
quando à noite o seu dono o acendia;
e era belo o sorriso da poesia,
e belo o amor, dragão insatisfeito.
E era belo não ter dentro do peito
nem medo, nem remorsos, nem vaidade.
Por isso digo que valeu a pena
a dura realidade
desta viagem trágico-terrena
sempre batida pela tempestade.
Miguel Torga
Querido Adriano... colega, amigo, companheiro inseparável de dois longos anos de estágio... Fica adiado para a eternidade, aquele abraço que estava prometido para muito breve... Maria João
Nota:O Professor Adriano Teixeira de Sousa leccinou Inglês, na nossa escola, no ano lectivo86/87
1 comentário:
Também eu conheci o Adriano, embora não privasse com ele assiduamente.
É daquelas notícias que nunca queremos ouvir...
Mas aqueles que amaram a vida, nunca vão tristes na hora de morrer.
Até sempre, Adriano!
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