segunda-feira, 30 de junho de 2008

Mar...

MAR

De todos os cantos do mundo
Amo com um amor mais forte e mais profundo
Aquela praia extasiada e nua
Onde me uni ao mar, ao vento e à lua.

Sophia de Mello Breyner Andresen

sábado, 28 de junho de 2008

Tristeza...

Tristeza…

Tristemente, numa noite de luar,
Olhei para o meu coração despedaçado
E revoltada com a paixão
Rompi a inquietação,
Entristeci o amor,
Tornei-o negro como a minha rosa.
Interrompi a esperança
Encantei a solidão,
E cruzei o teu profundo olhar
Penetrei no teu coração partido,
E com a minha tristeza e as minhas lágrimas
Curei-o, fazendo-o rejuvenescer,
E com um leve e doce beijo teu
Fizeste renascer em mim
A alegria e o amor
Aumentaste a esperança
De que numa noite de luar te encontre assim,
Tristemente…

Sofia Castro 7ºB nº26

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Tempo de Verão...

Vê como o verão

subitamente

se faz água no teu peito,

e a noite se faz barco,

e minha mão marinheiro.

Eugénio de Andrade

quinta-feira, 26 de junho de 2008

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Em noite de S. João...

Foste para o S. João
Não me levaste contigo...
Sou um vazio balão,
Manjerico sem abrigo!

Quando a fogueira saltares,
Lembra-te do fogo ardente
Que há em nossos olhares
Sempre que estás presente!

No meio da multidão,
Se sentires uma gotinha,
Não será de orvalho, não!
Será uma lágrima minha...

domingo, 22 de junho de 2008

sábado, 21 de junho de 2008

Coração Partido

Coração Partido

Partido,
ferido
vazio e quebrado
prostrado,
dorido,
carpido e gelado.
Sem alma
nem chama,
espera
quem ama.
Sem Tempo
nem química,
não bate
mas sente
que, uma vez
encontrado,
este amor
é p'ra sempre.

Anónimo

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Que seja infinito enquanto dure...

Soneto da Fidelidade

De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei-de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa (me) dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

Vinicius de Moraes

quarta-feira, 18 de junho de 2008

AMOR

AMOR

Enrolei as cordas do meu saber
Só para te encontrar
Beleza pura como a tua
Só se via ao dormir do luar
Procurei nas veias da inspiração
Mas não te encontrava
Depois na imaginação
Mas não, tinhas desaparecido
Então pensei um pouco
E depois me lembrei
Fui ao meu coração
E lá te encontrei
Cintilavas por me ver
E eu radiava
Unimo-nos os dois
E formamos AMOR

Joana Francisca, 7ºB, Nº12

terça-feira, 17 de junho de 2008

Em Tempo de Exames...

"When you play, play hard; when you work, don't play at all."

Theodore Roosevelt

sábado, 14 de junho de 2008

SWEET ANGELS - Capítulo XII (Final)


Capítulo XII - A resgatar Emiko! Um final Feliz!

No acampamento de Áustria reinava o pânico. Todos tinham medo de ser raptados. Sora e os amigos estavam no céu a contar o sucedido à rainha.
- A Emiko, digo, Verdita, foi raptada hoje de madrugada por um rapaz que se intitulava Johnny, o rei do mundo da magia, e por uma rapariga que se intitulava Amy, a rainha do mundo da magia. Ambos os raptores são americanos e vivem na Áustria, são escuteiros numa floresta - contou Sora – e, pelo que sabemos, eles pensam que Emiko é uma princesa que foi raptada há 12 anos atrás!
- Não acredito que esses patarecos se voltaram a meter com o Reino dos Anjos! Eles fazem parte das trevas e, por isso, aparecem disfarçados! - respondeu a rainha Arco-Íris.
Entretanto, no Reino da magia, muito longe do reino dos Anjos, Johnny e Amy falavam com Emiko [nota da autora: as falas são em Inglês, mas aqui estão traduzidas para a nossa língua]
- Vou mostrar-te que és a tal princesa: a princesa Vanessa! - disse Amy.
- A única princesa aqui sou EU! - exclamou uma miudinha de sete anos que entrou na sala.
- Amber! Claro que és a princesa! A Betty disse que vinha brincar contigo com as tuas bonecas. Acho que ela chegou! Porque não vais abrir?
A menina saiu a correr.
- Como eu estava a dizer, uma bruxa chamada Sue raptou-te quando tinhas 1 mês… não se sabe o que é feito dessa malvada. Tu és filha do melhor amigo do nosso pai, que morreu, e a nossa mãe também, e nós ficamos com o trono. Os teus pais também morreram. A bruxa entregou-te à tua actual família, e tu já trazias essa peruca verde colada e essas lentes de contacto! - exclamou Amy.
Amy parecia ser muito querida, tal e qual como uma mãe. Amy levantou a mão e exclamou:
- Mostra-me a verdadeira personalidade que está por trás desta pessoa!
Um raio de luz forte ilumina todo o palácio onde eles estão. Emiko vê-se a ela própria com uma cabeleira castanha clara comprida aos caracóis e os seus olhos agora são azul-mar, como os de Amy.
- Tal e qual como nós dizíamos! - exclama Johnny.
Entretanto, os outros amigos de Emiko voavam à procura do palácio onde eles se encontravam. Pouco depois, chegaram lá, mas os reis tinham transformado o palácio num grande e confuso parque de estacionamento. Todos entraram. O parque era um autêntico labirinto.
- Emiko! Onde estás? Volta aqui! - exclamou Sora.
- EMIKO! - chamou Kaori.
- Devolvam-na! - Diz Yuki.
- Tipos loucos - diz Yutaka.
Johnny aparece.
- A quem é que chamaste louco? - pergunta a Yutaka.
Johnny aponta-lhe a mão. Yutaka pega na sua espada e aponta-a a Johnny.
- É melhor parares! Não sabes com quem te estás a meter! - diz-lhe Johnny.
Com a mão, Johnny lança-o para longe. Kaori lança-lhe uma flecha. Todos avançam menos Sora que vai procurar Yutaka.
- Yutaka - murmura Sora quando o encontra - tu,… tu,… tu,… gostas da Emiko?
- Hum…não…eu gosto de… - diz Yutaka quando é interrompido por um forte tiro que ressoa por cima deles.
Yutaka protege Sora. Pouco depois o tiroteio acalma.
Emiko, agora irreconhecível, chega a correr.
- Sora! Yutaka! Vocês estão bem? - pergunta-lhes Emiko.
- Quem és tu? - pergunta-lhe Sora.
- Sou a Emiko! - responde - Afinal sou a tal princesa, sou americana, este é o meu verdadeiro visual e o meu nome é Vanessa. Os meus pais morreram e vivia até agora numa família que não era a minha. Os meus pais eram os melhores amigos dos pais do Johnny, da Amy, e da Amber.
- Quem é a Amber? - pergunta Yutaka.
- A Amber é irmã mais nova da Amy e do Johnny.
- Eles não prestam! Fazem parte das trevas! - exclama Yutaka.
- Isso não é verdade! - exclama Emiko. - Eles são nossos amigos. Mas… eu não posso voltar para o nosso mundo!
- Quem é que não pode voltar para o seu mundo? - pergunta uma voz grave atrás deles.
- Ah! Eu. - responde Emiko sem dar muita importância.
- Ah! Quem és tu? - pergunta Sora.
- Kiyoshi Aizawa. E tu?
- Sora Sakurai - respondeu.
- Vamos sair daqui! - diz Kiyoshi.
- Não! - replica Sora - Vamos mas é buscar os outros e dizer que já encontramos a Emiko.
Sora foi a correr chamar os outros,…mas Amy apareceu em frente a ela.
-Tu não podes fazer nada contra mim, e ainda por cima sozinha! - diz Amy.
- Claro que posso! - responde Sora.
-Eu sou as trevas…a rainha!
Emiko chega a correr.
- Pára Amy! Se eu sou a tal princesa tenho poder! Tenho o poder de unir os dois lados, o bom e o mau - grita Emiko.
O cabelo castanho que Emiko tinha agora, desaparece e volta a ficar verde e os seus olhos voltam à cor habitual.
-SWEET ANGELS GROUP! - grita Emiko.
O grupo de amigos aparece todo.
- SWEET ANGELS PINK POWER! - grita Sora.
- SWEET ANGELS BLUE POWER! - grita Yuki.
- SWEET ANGELS GREEN POWER! - grita Emiko.
- SWEET ANGELS ORANGE POWER! - grita Kaori.
- SWEET ANGELS BLACK POWER! - grita Yutaka.
- SWEET ANGELS YELLOW POWER! - grita Haku.
Num raio de luz forte com muitas estrelas, o grupo consegue converter as trevas em anjos bons.
Todos voltam a casa, ou seja, à Terra.
- Sora, quero falar contigo a sós - diz Yutaka.
- Sim! - responde Sora e afastam-se.
- Olha…eu gosto de ti desde algum tempo, bem, desde aquela conversa estúpida que tivemos no McDonald’s, quando a Emiko se sentiu mal… - diz Yutaka.
- Bem…eu também… - responde Sora.
Os dois abraçam-se.
E pronto…Fim! Mas os outros também não ficaram mal acompanhados! A Yuki ficou com o Haku, a Emiko com o Johnny, agora um anjo bom e a Kaori com Kanata!
FIM

Catarina, 7º B

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Se eu fosse...


Se eu fosse...

Se eu fosse uma flor,
Seria um amor!
Se eu fosse uma estação,
Seria o Verão!
Se eu fosse estrela de papel,
Voaria sem cordel!
Se eu fosse um passarinho,
Estaria sempre no ninho!
Se eu fosse uma estrelinha,
Seguiria sempre em linha!
Se eu fosse Plutão,
Andaria de avião!
Se eu fosse um oito,
Comeria um biscoito!
Se eu fosse uma rosa,
Escreveria uma prosa!
Se eu fosse um cometa,
Aterraria num planeta!
Se eu fosse a cor amarela,
Fingiria ser estrela!
Se eu fosse um pintor,
Pintaria tudo de cor!
Se eu fosse Janeiro,
Faria chuva o dia inteiro!
Se eu fosse uma folhinha,
Voaria sempre sozinha!
Se eu fosse brilhante,
Seria um diamante!
Se eu fosse raposa,
Seria cor-de-rosa!
Se eu fosse um avião,
Voaria até mais não!
Se eu fosse uma maria,
Mirar-me-ia todo o dia!
Se eu fosse o mar,
Seria lindo de pasmar!
Se eu fosse um girassol,
Olharia sempre o Sol!
Se eu fosse uma luzinha,
Brilharia como uma estrelinha!
Se eu fosse um guarda-sol,
Abrigar-te-ia do Sol!

5º J (Poema Colectivo)

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Fazes-me falta...


Fazes-me falta:

observo estes sinais de ausência
a pulsar no coração tardio
atropelo saudades de distância
...e há um choro de água
no poema vazio.

Maria A. C. Homem

sábado, 7 de junho de 2008

Era uma vez...

Quando eu era pequenino

Quando eu era pequenino,
Gostava de ouvir contar
Histórias de princesinhas
Encantadas ao luar.
Havia então lá em casa
Uma criada velhinha,
A Sérgia contava histórias
- E que graça que ela tinha!
Lendas de reis e de fadas,
Inda me encheis a lembrança!
Que saudades de vós tenho,
Ó meus contos de criança!
"Era uma vez..." As histórias
Começavam sempre assim;
E eu, então, sem me mexer,
Ouvia-as até ao fim.
Lembro-me ainda tão bem!
Os irmãos à minha beira,
Calados! E a boa Sérgia
Contava desta maneira:
"Era uma vez..." E depois,
Olhos fitos nos seus lábios,
Ouvia contos sem conta
De gigantes e de sábios".
"Era uma vez..." E, por fim,
A voz da Sérgia parava...
E assim como eu te contei
Era como ela contava.
Ai! que saudade, que pena,
Que nos meus olhos tu vês!
Eu sentava-me e ela, então,
Começava: - "Era uma vez..."
Adolfo Simões Muller

terça-feira, 3 de junho de 2008

As Profissões...

AS PROFISSÕES

As Profissões
Têm várias variações

O bombeiro
Apaga os fogos
E também faz
Alguns socorros.

O polícia
Ajuda a sociedade
E para vivermos melhor
Ele tem de ter muita vontade

O médico
Pratica medicina
Cura os doentes
Com muita disciplina

O professor
Dá adrenalina aos alunos
Ensina o significado de uma flor
Com muito carinho e amor

Mas temos de ser estudantes
Antes de ter outra profissão
Temos de ultrapassar este nível
Com muito empenho e dedicação.

Ricardo Jorge Costa, nº 23, 5º D

segunda-feira, 2 de junho de 2008

O Jardim de Florinda...


O Jardim de Florinda...

Florinda chegou à janela. O sol brilhava como os diamantes tão, tão cintilantes.
As árvores frondosas, frescas e belas abrigavam pássaros, pessoas e animais naquele dia tão quente. As borboletas pairavam por cima das flores, encantando toda a gente. A relva fresca parecia um tapete de seda.
As flores, lindas, lindas, lindas, soltavam um agradável aroma capaz de fazer inveja a qualquer perfume.
O lago parecia um espelho repleto de peixes de todas as cores e feitios.
Florinda vivia num mundo de paz e harmonia.

Pedro Maia, 5º J

domingo, 1 de junho de 2008

A Lagoa azul-safira e verde-esmeralda...

Lagoa das Sete Cidades - S. Miguel - Açores
A Lenda...

Há muitos, muitos anos, vivia no Reino das Sete Cidades uma pequena Princesa chamada Antília. A menina era a filha única de um velho Rei viúvo que era conhecido pelo seu mau feitio. Senhor das Alquimias e do Saber, o Rei vivia em exclusivo para a sua filhinha, não gostando que a Princesa falasse com ninguém. A menina ora estava com o pai, ora estava com a velha ama que a criara desde o nascimento, altura em que a Rainha sua mãe falecera.
Os anos foram passando, Antília foi crescendo e um dia já não era mais aquela menina de tranças loiras caídas sobre os ombros, enfeitadas com flores silvestres; tinha-se transformado numa linda jovem, uma Princesa capaz de encantar qualquer rapaz do seu reino.
Contudo, se todos ouviam falar da beleza da jovem Princesa, eram poucos ou nenhuns os que a conheciam, pois o Rei não gostava que ela saísse do castelo nem dos jardins que o circundavam.
Mas Antília não se deixava intimidar pelo pai, e com a ajuda da velha ama costumava esquivar-se todas as tardes, enquanto o Rei dormia a sesta depois do almoço. Saía pelas traseiras, sem que ninguém a visse, e ia passear pelos montes e vales próximos.
Num desses passeios, andando pela floresta, um dia a Princesa escutou uma música. A música era tão linda, encantou-a de tal forma, que ela se deixou guiar pelo som e foi descobrir um jovem pastor a tocar flauta, sentado no cimo de um monte. Era ele o autor de tanta maravilha!
A Princesa, encantada, deixou-se ficar escondida a ouvir o jovem a tocar flauta. E ouviu-o escondida durante semanas, até que o pastor, um dia, a descobriu por detrás de uns arbustos.
Ao vê-la foi amor à primeira vista, e era recíproco, pois ela também estava apaixonada por ele. Os jovens continuaram a encontrar-se. Passavam as tardes a conversar e a rir, o pastor a tocar para a Princesa e ela a escutá-lo enlevada, e ambos se sentiam muito felizes juntos.
Um belo dia o pastor decidiu pedir a Princesa em casamento.
Logo pela manhãzinha, o jovem bateu à porta do Castelo, e pediu ao criado para falar com o Rei. Pouco depois o criado voltou e levou-o à presença do Soberano. Muito nervoso mas determinado, o pastor fez-lhe uma vénia e, olhando-o nos olhos, disse:
- Majestade, gosto muito de Antília, sua filha, e gostaria de pedir a sua mão em casamento.
- A mão de minha filha, NUNCA... OUVISTE... NUNCA!- disse o Rei aos berros.- Criado, põe este pastor atrevido na rua.
O jovem bem tentou argumentar, mas ele não o deixava falar, e expulsou-o do Castelo.
Em seguida o Rei mandou chamar Antília e proibiu-a de ver o pastor. Antília mais não fez do que acatar as ordens do Rei seu pai.
E nessa mesma tarde foi ter com o seu amor e disse-lhe que nunca mais se podiam encontrar.
Os dois jovens choraram toda a tarde abraçados.
As suas lágrimas, de tantas serem, formaram duas lindas e grandes lagoas, uma verde da cor dos olhos da Princesa, a outra azul da cor dos olhos do pastor.