domingo, 6 de abril de 2008

A Verdade...

A Verdade...

A verdade é rara,
Situa-se muito longe de qualquer lugar habitado.

Vive sozinha e não pára,
E assim gosta de ser.
Zanga-se com a mentira,
E sobre ela reflecte a sua ira.
Seu castigo é tão pesado

Que não consegue ser parado.
Ultravioletas são os seus olhos.
A sua pele é transparente.
Nunca se enganou,
Dado que nunca parou.
Objectiva é a sua personalidade.

Qualifica muito bem,
Utilitária gosta de ser,
E tem sempre razão.
Razão essa que a faz viver.
E mesmo que a tentem parar,
Mesmo que a queiram matar,
O seu sinal deixa ficar.
Sempre que dá a cara,

Tira grandes pesos de cima,
Embora seja tardia.
Requintados são os seus gostos,

Genuína é a sua palavra.
Ri por último sempre melhor.
Amadora nunca foi.
Coragem está no seu bilhete de identidade.
Abala muitos corações.

Dá-nos felicidade,
Amor.
Mata-nos de curiosidade,
Ocupando a nossa mente,
Sensibilizando a nossa pessoa.

Prejudicar não tem intenção.
Observadora ela é.
Rigorosa quando necessário.

Neutra e imparcial,
Ocultada muitas vezes,
Sendo, no entanto, descoberta.

Anula a mentira!

Mentira que sobre nada leva avante,
E é sempre descoberta,
Num acto triunfante.
Tudo descoberto então,
Irá triunfar a razão.
Realmente a mentira é uma ilusão!

Miguel Maia, nº 22, 9º A

1 comentário:

CLUBE DAS LÍNGUAS VIVAS disse...

Boa noite, Miguel :-)

Parabéns pelo poema!
Como aqui há tempos dissemos, não é fácil a expressão das ideias quando se está "limitado" às regras do acróstico. Mas tu conseguiste transmitir a tua mensagem mesmo sob essas normas.

No teu poema estão contidos dois pensamentos universais:

"A verdade é a essência da moralidade."

"A verdade é o melhor solo sobre o qual a beleza pode germinar."

Escreve sempre! É um prazer publicarmos textos teus.