segunda-feira, 19 de maio de 2008

4ª Resposta ao Desafio

Tenho uma janela...

Tenho uma janela
que dá para a Lua
estrelas a sorrir
estrelas a bailar
tenho uma janela
que dá para a Lua
vejo-te a dormir
quero-te acordar
tenho uma janela
que dá para a Lua
um brilho crescente
uma foice distante
um amor antigo
um canto presente
uma cara nova
tenho uma janela
que dá para a Lua
tenho uma janela
muito minguante
que será mais bela
a todo o instante
janela seria
de ramo de árvore
de oliva cheia
de qualquer pomba
se não fosse aquele
fuzil já manchado
que trazes na mão
que devia ter pão
estrelas a sorrir
estrelas a bailar
chego-me à janela
e não vejo o luar.
Prof. António

3 comentários:

CLUBE DAS LÍNGUAS VIVAS disse...

Boa tarde, prof. António :-)

O colega, para além de visitante assíduo, tem sido um colaborador "militante :-)

A nossa gratidão por partilhar connosco mais uma das suas obras-primas poéticas.

Muito interessante a passagem por todas as fases da Lua...

Que o Luar o ilumine para que continue a presentear-nos com estes preciosos "mimos".

Anónimo disse...

Muito obrigado por estas amáveis palavras, mas elas só podem ser ditadas pela vossa extrema generosidade.

Eu não passo disto mesmo, um simples arrumador de palavras. Quem sabe se é por este motivo que tanto aprecio o vosso blog.

Mais uma vez obrigado e não desistam.

Bem hajam.

Vera Helena disse...

Ola...adorei o site.
Todos os desafios muito bons...com versos bem feitos, poéticos e criativos. E eu como também gosto e um desafio,fiz minha janela ...só não achei a a imagem pra ilustrar...
TENHO UMA JANELA

Que dá pro céu
Pensamentos ao léu
As vezes sou estrela
Outras lua...sempre a brilhar
Estrelas cintilantes
De brilho esfuziante
Alegreas...a bailar
No meu céu também tem
dia e noite....claro e escuro
frente e frio
Tem o astro rei - o Sol
Com meus raios a esquentar
As janelas eu dão pra rua
As que se voltam pra lua
Ou mesmo as que dão pro jardim
Ainda há aquela janela
Que dá pra uma roseira
Sempre florida...viçosa
Sempre com belas rosas
Outras em botão
Que o menino desatento
às vezes arranca
Pra dar de presente
à primeira namorada
Sem se importar que a rosa coitada
Sofre ao ser brutalmente retirada ou cortada
Sem dó nem piedade...
Mas outras no céu sou pássaro
Que saio voando...
Buscando outros mundos
Outras gentes outras terras...
Outras estações
Outros universos paralelos
Mas sempre em qualquer lugar
Vai ter uma janela
Que dá pro céu...

(Vera Helena)
Vitória/ES -Em 27/09/2010 -