quinta-feira, 1 de maio de 2008

Mãe, apenas cresci...


Mãe, apenas cresci


Mãe, não fugi, apenas cresci.

Como as árvores,

de braços ao céu

e raízes na terra.

Neste tronco

corre a seiva do teu sangue,

nestas folhas

a água do teu leite.

Nestes frutos

o suco das tuas lágrimas.

E as raízes...

as raízes correm à tua procura.

Prof. António

3 comentários:

Anónimo disse...

De tudo um pouco neste blog : prosa, poesia e até prosa poética. Poemas prosaicos é que não têm aqui lugar, e ainda bem ...

Anónimo disse...

Ó Prof. António, com poemas destes, não é preciso mais, basta que tenha "crescido".
Parabéns.

Margarida Rita

Unknown disse...

Que belas palavras arranjadas num ramalhete simples!